Agentes penitenciários e polícia estão agindo desde a madrugada deste domingo (12), na Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, no Departamento de Amambay, em resposta a informações sobre um suposto plano de fuga em massa do Primeiro Comando da Capital (PCC). O procedimento foi realizado especificamente no Pavilhão A, que é ocupado justamente por integrantes do grupo criminoso brasileiro e que, segundo dados de inteligência, apresenta vestígios de modificações recentes em sua infraestrutura.
“Relatórios de inteligência processados e corroborados revelaram um plano de fuga no pavilhão do PCC. Existem evidências videográficas que mostram alterações recentes nas infraestruturas do Pavilhão A, sugerindo preparativos para uma fuga”, afirmou ainda o Ministério da Justiça.
O objetivo do grupo criminoso seria replicar a fuga em massa registada em janeiro de 2020 na mesma prisão, onde cerca de 80 dos seus membros conseguiram escapar e até então a maioria continua desaparecida. A operação de verificação, que ainda hoje continua, está a cargo do Coronel Rubén Peña.
A fuga em massa ocorreu entre a noite do dia 18 e a madrugada do dia 19 do interior do pavilhão A-Low e High do estabelecimento prisional e contou com a alegada cumplicidade dos agentes penitenciários. Os fugitivos eram presos perigosos, em sua maioria brasileiros, pertencentes a grupos ou facções criminosas transnacionais e principalmente ao PCC, que conseguiram chegar à rua através de um túnel de 23,50 metros e 1,75 de profundidade, construído na cela 13 do referido bloco .
Para o Ministério Público, chama a atenção que o túnel, por onde escaparam os presos, tenha sido construído em sete dias, período em que o diretor deveria ter prestado serviços e, além disso, tinha dentro de seu gabinete a tela por onde passava cada unidade prisional.
