Blogueiro da bomba no aeroporto é preso no extremo leste do Paraguai

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O blogueiro Wellington Macedo, um dos três condenados por tentar explodir uma bomba em um caminhão próximo ao Aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro, foi preso na tarde desta quinta-feira (14) na Cidade do Leste, localizada no extremo leste do Paraguai. Wellington estava foragido desde 5 de janeiro, após ter a prisão decretada pela Justiça.

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ele e Alan Diego dos Santos Rodrigues deixaram um artefato explosivo em um caminhão-tanque. O blogueiro será entregue à Polícia Federal ainda nesta quinta. Wellington frequentava o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército antes de tentar explodir o aeroporto, e estava hospedado em um hotel no Setor Hoteleiro Norte, em Brasília. Dois dias após o plano dar errado, ele rompeu a tornozeleira eletrônica.

Antes de ser preso nesta quinta, a última informação era de que Wellington estava no Paraguai, e tentou se credenciar para posse do presidente paraguaio Santiago Peña, em Assunção, no mês passado. O pedido foi negado pelo governo paraguaio, após o governo brasileiro ter avisado sobre a possível presença de Wellington. O blogueiro era caçado pela PCDF no caso da bomba, e pela PF corresponde aos atos de tentativa de invasão à sede da PF, em 12 de dezembro do ano passado.

Condenação

Wellington foi condenado no mês passado a seis anos de prisão por envolvimento na tentativa de explosão do aeroporto. Ele transportou em seu carro até o aeroporto o comparsa Alan, que instalou a bomba no caminhão-tanque próximo ao local, na véspera do Natal do ano passado.

A trama ainda contou com a participação de George Washington de Sousa, apontado como mentor. Antes de levar uma vida criminosa, o blogueiro trabalhou no então Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, como assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, da ex-ministra e senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

Entre os meses de fevereiro e outubro de 2019, período em que trabalhou no ministério, Wellington era responsável por despachar medidas que iam da destinação de verbas para custear viagens de serviço à contratação de uma empresa para transportar “bagagens para todas as regiões dentro do Brasil e transporte de veículo do tipo automóvel e motocicleta dentro do território nacional”, como constava no site do ministério.

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