Dono de oficina e funcionário são indiciados por mortes de jovens em BMW

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O dono e um funcionário de uma oficina mecânica, em Aparecida de Goiás (GO), foram indiciados pelas mortes de quatro jovens encontrados desacordados dentro de uma BMW, em Balneário Camboriú, em 1º de janeiro. De acordo com o laudo pericial, uma falha mecânica, depois da customização do carro no estabelecimento, levou monóxido de carbono para dentro do veículo, o que causou a intoxicação dos jovens.

Os dois indiciados responderão por quatro homicídios culposos (quando não há intenção de matar), e por imperícia. O inquérito foi repassado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Segundo o laudo pericial, o gás tóxico vazou por causa da ruptura de uma peça, chamada “downpipe”, que permite maior vazão de gases para aumentar a potência do veículo.

No entanto, a alteração fez com que o monóxido de carbono entrasse na cabine da BMW, por meio do sistema de ar condicionado. A polícia informou que a peça rompida foi instalada em julho de 2023 e o serviço realizado por um indivíduo sem formação técnica, sob a supervisão do proprietário da oficina. Além disso, a peça teria sido produzida e montada de forma precária e divergente dos padrões de qualidade do fabricante.

O caso

Os quatro jovens foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros desacordados dentro da BMW, que estava estacionada na rodoviária de Balneário Camboriú, na manhã de 1º de janeiro de 2024. Eles apresentavam paradas cardiorrespiratórias, chegaram a receber atendimento de reanimação pelo Samu, mas não resistiram.

O grupo era de Minas Gerais, porém morava em Florianópolis havia um mês. Depois de passarem a virada do ano no litoral catarinense, voltariam para a capital depois de encontrar a namorada de um dos jovens em Camboriú. Quando chegou à rodoviária, ela os encontrou com ânsia de vômito e tontura. A jovem ficou saindo e entrando do carro, esperando o grupo melhorar, até que o Samu fosse acionado.

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