Todos os oito envolvidos no chamado “cartel do gás” que foi desbaratado na última terça-feira (27) pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual, vão começar a semana presos. Na sexta-feira eles passaram pela Audiência de Custódia e tiveram suas prisões preventivas mantidas e são acusados de formação de cartel e crime contra a economia popular no âmbito da Operação Laissez-Faire.
Na semana passada o advogado do empresário Gregório Artidor Linné entrou com um Pedido de Liberdade Provisória dele. A ação foi distribuída para a 1ª Vara Criminal de Dourados e até este domingo não tinha sido analisada, segundo o site do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
Foram presos na operação, além de Gregório Linné da revendedora da Copagaz, Mauro Victol da Mgás, Rosemar Evangelista Machado da Big Gás, Rogério dos Santos de Almeida, da distribuidora da Supergabrás de Nova Andradina, Márcio Sadão Kushida da Nippon Gaz, Edvaldo Romera de Souza da Gás Bahia e Ed Gás, Rubens Pretti Filho da Graziele Gás e César Meirelles Paiva da Paivinha Gás.
De acordo com o Promotor de Justiça Etéocles Brito Mendonça Dias Júnior da 10ª promotoria de Justiça do Consumidor de Dourados, a investigação busca desbaratar uma organização criminosa que consolidou um sistema eficiente de cartelização de preços e divisão de mercado por áreas com foco principalmente em Dourados e Nova Andradina e demais cidades da região.
Ainda segundo o promotor, investigações apontaram fortes indícios de atuação dos investigados em formação de cartel para comercialização de gás GLP, inclusive com combinação fraudulenta de preço, venda clandestina do produto a terceiros não habilitados para a comercialização e controle do mercado, em flagrante prejuízo ao consumidor final.
Dos oito presos sete estão em Dourados e um em Nova Andradina. Dos sete presos de Dourados seis estão no Primeiro Distrito Policial e um deles apresentou problemas de saúde e está internado sob escolta em um hospital da cidade.
