O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrou nesta quarta-feira (9) a Operação Blindspot, para desarticular organização criminosa interestadual especializada no transporte de drogas camufladas em cargas lícitas, por meio do aliciamento de caminhoneiros.
Ao todo, são cumpridos 67 mandados judiciais, sendo 37 de prisão e 30 de busca e apreensão, em cidades de Mato Grosso do Sul como Campo Grande, Corumbá, Dourados e Ladário, além de municípios paulistas como Caiuá, Campinas, Mairinque, Mirandópolis, São José do Rio Preto e a Capital além de Uberaba, em Minas Gerais. Entre os alvos da operação está um policial penal, contra quem também foi expedido mandado de prisão.
Estratégia sofisticada e logística criminosa
Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a quadrilha é altamente organizada e atua principalmente no tráfico de cocaína e pasta-base, utilizando caminhões de transporte rodoviário de cargas. Os motoristas, cooptados pela organização, recebiam pagamento para ocultar os entorpecentes em compartimentos improváveis, como: Mochilas e caixas dissimuladas, estepes de caminhões e cilindros de oxigênio adulterados.
Foi justamente nesse tipo de compartimento que, em setembro de 2024, durante o início da investigação, a polícia apreendeu mais de 424 quilos de drogas, entre elas 146,8 quilos de cocaína, 267,9 quilos de pasta-base, 7,5 quilos de haxixe marroquino e 2,2 quilos de skunk.
A denominação “Blindspot” (em português, “ponto cego”) faz referência às táticas da organização de esconder as drogas em locais não visíveis durante fiscalizações convencionais. As ações desta quarta contaram com apoio de equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, responsáveis por garantir a segurança e cumprimento dos mandados.