O proprietário de uma hamburgueria localizada na Avenida Hayel Bon Faker, em Dourados, Renan Silva Nascimento, de 34 anos, teve sua prisão preventiva decretada pelo juiz Ricardo da Mata Reis, nessa quarta-feira (7/5). O empresário foi flagrado com 150 quilos de pasta base de cocaína na última terça (6/5) – relembre aqui.
Também durante a audiência de custódia, o magistrado decretou a preventiva de Anderson Moreira da Rosa, de 37 anos, e de Maurício Martins da Paixão, de 47, ambos residentes em Ponta Porã na fronteira com o Paraguai, e presos junto com Renan.
Os dois trouxeram a droga de Ponta Porã, dentro de caixas de carne congelada, transportadas em uma Fiat Ducato cargo branca. Eles trabalham para uma empresa distribuidora de carne daquela cidade que abastece comércios de Dourados.
Ao determinar a prisão preventiva do trio, Ricardo da Mata Reis destacou a gravidade do caso, a quantidade de droga apreendida e o risco de interferência nas investigações. A droga, apreendida foi avaliada em R$ 6 milhões.
Maurício Martins da Paixão, motorista do furgão, negou ligação com o tráfico de drogas e afirmou que o veículo havia sido carregado pelo colega. Já Anderson da Rosa se manteve em silêncio.
Renan alegou acreditar que as caixas de carne contivessem celulares contrabandeados. Ele disse que havia sido contratado por R$ 5 mil por um cliente da hamburgueria conhecido como “Cowboy”, para receber os supostos eletrônicos. Renan negou saber que se tratava de droga. No entanto, já cumpriu pena por narcotráfico.
A PC (Polícia Civil) já monitorava a hamburgueria como possível fachada para o tráfico de drogas após “crescimento exponencial” do negócio. A suspeita é que o estabelecimento estivesse sendo usado como fachada para lavagem de dinheiro do crime.