Justiça aceita denúncia e 17 respondem por tráfico internacional de drogas

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O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul ofereceu denúncia e a 3ª Vara da Justiça Federal já aceitou ação penal contra 17 investigados na Operação All In, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em março deste ano para combater o tráfico de drogas entre o Brasil e a Bolívia. Os réus (listados abaixo) responderão criminalmente por tráfico internacional, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

Segundo as investigações, a quadrilha realizava o transporte aéreo de entorpecentes da Bolívia até o interior do Paraná, por meio do aeródromo de Ocorema, em Corumbá (MS). As drogas seguiam, então, de caminhão para estados do sul e sudeste do país, onde eram distribuídas. Em duas apreensões feitas pela PF, mais de 810 kg de cocaína foram encontrados com os criminosos.

Para lavar o dinheiro oriundo do tráfico, a organização criminosa utilizava nomes de “laranjas” ou “testas de ferro” para movimentar contas bancárias e transferir a posse dos veículos utilizados no transporte das drogas. Caminhões, carretas, carros de passeio, moto e até aeronaves foram registradas em nome de terceiros para ocultar o lucro das drogas. De acordo com as investigações, ao menos 21 vezes, de abril de 2016 a março de 2017, dinheiro oriundo do tráfico foi lavado pela quadrilha.

Na denúncia recebida pela Justiça, além da condenação criminal dos réus, o Ministério Público pede o perdimento de 22 veículos, quatro aeronaves e três imóveis utilizados em proveito do tráfico. Dos 17 denunciados, 10 já se encontram presos em penitenciárias de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.

A Operação All In foi batizada com esse nome em referência à jogada do Poker em que o jogador aposta todas as suas fichas em uma mão de cartas – situação semelhante ao modo de atuação da quadrilha, que se arriscava no transporte de grandes carregamentos de entorpecentes.

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