Nesta segunda-feira (18), a líder religiosa da etnia guarani-kaiowá, Sebastiana, e o seu marido, Rufino, foram encontrados mortos e carbonizados na aldeia Guassuty, localizada no município de Aral Moreira, que faz fronteira com o Paraguai. Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, a residência das vítimas ficou completamente destruída pelas chamas.
Lideranças indígenas relataram que o local era usado pelas vítimas para realizar os rituais tradicionais. As circunstâncias dos assassinatos, bem como as motivações, ainda são apuradas. O coordenador regional da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) em Ponta Porã, Tonico Benites, explicou que Sebastiana era a nhandesy da aldeia – termo que no guarani significa “nossa mãe”.
As polícias Civil e Militar estão em força-tarefa para encontrar o suspeito do crime. Para o delegado Maurício Vargas, que cuida do caso, o principal suspeito é familiar das vítimas. “Estamos em intensas buscas para encontrar o autor. Mobilizamos várias equipes para buscar o autor do crime”, disse o delegado. A Polícia Federal também foi acionada para atender a ocorrência.