Operação contra ex-presidente do Paraguai cumpre mandado em Ponta Porã

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Cartes e Messes eram considerados irmãos e sócios em vários negócios. (Fotos:Arquivo e Léo Veras)

O ex-presidente do Paraguai Horácio Cartes é alvo de mandado de prisão preventiva em um desdobramento da Lava Jato nesta terça-feira (19). A suspeita é que ele tenha ajudado na fuga de Dario Messer, considerado o doleiro dos doleiros. Messer está preso desde o fim de julho.

A decisão é do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal fluminense, e Cartes terá o nome inserido na Difusão Vermelha da Interpol — a lista de procurados distribuída em aeroportos do mundo todo.

Polícia Federal havia prendido três pessoas de um total de 19 mandados de prisão sendo que um deles foi cumprido em Ponta Porã onde os federais chegaram logo pela manhã em uma residência na região central da cidade. Ao todo 37 mandados judiciais foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas.

A operação foi batizada de Patrón e é um desdobramento da Câmbio, Desligo. Em espanhol, a palavra significa “patrão” e é o termo reverencial que Messer se referia a Cartes. O ex-presidente é amigo da família Messer. Desta vez, a ação tem como alvos pessoas que o ajudaram a fugir ou ocultar seu patrimônio.

O ex-presidente paraguaio Horácio Cartes deixou o poder em agosto de 2018 após cinco anos no poder.

O empresário, considerado um dos mais ricos do Paraguai, chegou ao poder em abril de 2013 e é dono das maiores fábricas de cigarro daquele país que em sua maioria são contrabandeados para o Brasil.

Considerado o doleiro dos doleiros Dário Messer estava foragido desde maio de 2018, quando foi deflagrada a Operação Câmbio Desligo. A investigação descobriu que doleiros movimentaram US$ 1,6 bilhão em 52 países.

Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes negou um pedido de liberdade a Messer.

O doleiro responde a inquéritos policiais desde o fim dos anos de 1980. Neste período, movimentou dinheiro de forma suspeita de políticos, empresários e criminosos.

A investigação identificou que ele ocultou US$ 17 milhões em Bahamas e outros US$ 3 milhões pulverizou no Paraguai através de doleiros, casas de câmbio, empresários, políticos e uma advogada.

Horário Cartes não foi encontrado e já está sendo considerado foragido e será colocado na lista de procurados na Lista Vermelha da Interpol.

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