Operação da PF em Roraima cumpre mandado em presídio de Campo Grande

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, (20), em Roraima, a Operação Tabuleiro, com objetivo de desarticular a estrutura regional de organização criminosa de atuação nacional envolvida com o tráfico de drogas e outros crimes. Mais de 200 policiais federais cumprem 82 mandados, sendo 47 mandados de prisão preventiva e 35 busca e apreensão, expedidos pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas do Estado de Roraima para serem cumpridos no estado e em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

As investigações, que contaram com o apoio da Promotoria de Justiça Especializada em Crimes de Tráfico de Drogas e Organização Criminosa do Ministério Público Estadual de Roraima, tiveram início logo após a operação Presente de Grego, em 31 de agosto do ano passado, quando se verificou que a organização pretendia, novamente, reestruturar os quadros do consórcio criminoso em razão da identificação e prisão de lideranças locais e de indivíduos ocupantes de postos estratégicos.

Mato Grosso do Sul

As ações do grupo em Roraima estariam sendo coordenadas por indivíduos em outros estados, em especial por um homem preso em Campo Grande. O inquérito policial aponta o descontentamento de lideranças nacionais do grupo com o que seria um “baixo rendimento” das ações criminosas no estado, prejudicadas pela atuação federal na região.

Os suspeitos em Roraima foram incentivados a matar mais pessoas e vender mais drogas para subsidiar a compra de mais armas, sendo lembrados, inclusive, que nos anos de 2017 e 2018 eram cometidos até mais de 3 homicídios por semana e que, atualmente, nada ocorria.

Apenas nos últimos três anos mais de 200 colaboradores da facção criminosa foram presos no estado pela Polícia Federal e pela Força-Tarefa de Segurança Pública, coordenada pela PF e integrada pelas polícias Civil, Militar e Penal de Roraima.

Os investigados também mostraram satisfação com o fim da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária no estado, com uma expectativa de conseguirem “retomar” o controle da maior unidade prisional de Roraima, a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.
As investigações seguem em andamento.

Operação

O nome da operação faz referência ao modo como os membros da organização criminosa se referem a atividade de identificar criminosos rivais (montar o “tabuleiro”), o que foi feito a eles durante as investigações pela PF.

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