A Receita federal segue na conferência e contagens dos produtos e mercadorias apreendidas nesta quarta-feira (28), em ação conjunta com a Policia Rodoviária Federal. A apreensão revela um esquema milionário de contrabando e descaminho com o uso de agências e transportes dos Correios. Devido a grande quantidade de mercadorias, a conferência deve se estender até a sexta-feira, quando então tudo será catalogado e transportado sob escolta da PRF para Campo Grande e entregue na Receita Federal. A partir da apreensão, a Receita Federal e Polícia Federal passam a investigar a situação.
A investigação pode incluir os casos anteriores em que mercadorias e produtos estrangeiros foram apreendidos em caminhões dos Correios, produtos normalmente despachados nas agências existentes na região de fronteira. Com esse esquema, as mercadorias são postadas em diferentes agências dos Correios na região de fronteira, em seguida recolhidas pelos caminhões e enviadas para Campo Grand de onde seguem em aviões para diferentes pontos do País.
Com essa “facilidade”, tanto fornecedores das mercadorias como compradores, ganham em “segurança” e no custo de transporte e guarda para a entrega. Não é novidade que comerciantes no território paraguaio até recentemente costumavam se organizar em “consórcio” para o transporte e entrega de mercadorias, operação que com o passar do tempo passou ser mais arriscada.
Fretistas muambeiros
Atualmente a prática de entregas é aplicada de forma intensa pelos chamados frentistas, motoristas ou donos de veículos que se dedicam ao transporte de produtos para comerciantes de diferentes pontos do Brasil. O esquema é comprovado por seguidas apreensões até de comboios em estradas vicinais ou federais com veículos abarrotados de mercadorias destinadas a revendedores em Mato Grosso do Sul ou outros estados.
“Entrepostos”
O comércio de mercadorias estrangeiras adota ainda esquema de manter “entrepostos” de mercadorias ao longo das rodovias. Eles são seguidamente “estourados” no Distrito de Vila Vargas, Nova Alvorada do Sul e outras regiões do Estado onde as mercadorias são descarregadas pelos “freteiros” e posteriormente redistribuídas para seus destinos através de outros transportadores ou distribuídas em despachos de empresas de ônibus, vans ou transportadoras.
Celulares de sofisticados a ling-ling lideram o esquema.
