PF faz apreensão na casa de lobista investigado por tráfico internacional em MT

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A Polícia Federal apreendeu dólares, euro, relógios e bolsas de luxo no apartamento do lobista Rowles Magalhães, alvo da Operação Descobrimento, deflagrada na manhã desta terça-feira (19). A ação, que é coordenada pela PF da Bahia, visa desarticular organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína.

Rowles Magalhães foi assessor especial da gestão Silval Barbosa, e se tornou conhecido ao denunciar, em 2012, esquema de pagamento de propina referente à licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Rowles, em Cuiabá. Além de cédulas em dólares e euro – ainda não contabilizadas –, a PF apreendeu relógios da marca Rolex e bolsas e acessórios das marcas Valentino, Prada, Louis Vuitton, Yves Saint Laurent e Chanel. Na operação também foi preso o ex-secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec), Nilton Borgato.

Meia tonelada de cocaína

O esquema foi descoberto após a apreensão de 535 quilos de cocaína em um jato executivo pertencente a uma empresa portuguesa ligada a Rowles Magalhães, em fevereiro do ano passado, em Salvador. A partir de então, de acordo com a Polícia Federal, foi possível identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente, transportadores e doleiros responsáveis pela movimentação financeira do grupo.

A operação

Ao todo, são cumpridos 43 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco. Apenas para Mato Grosso, foram expedidas cinco ordens judiciais. Em Portugal, com o acompanhamento de policiais federais, a polícia local cumpre três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga. As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela Justiça portuguesa. A Justiça brasileira também decretou medidas patrimoniais de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias usadas pelos investigados.

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