Polícia faz mais uma operação contra a máfia do cigarro e mira policiais civis

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O contrabando de cigarro tem sido combatido com rigor no Mato Grosso do Sul.(Foto: Arquivo)

A Polícia Federal, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul, deflagrou na manhã de hoje (28) a Operação Arithmoi, quarta fase da Operação Nepsis. Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nos municípios de Amambai, Iguatemi, Itaquirai, Naviraí e Ponta Porã. As ordens foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã.

A ação conta com a participação de cerca de 60 policiais e tem por objetivo colher provas de pagamento de vantagens indevidas a um núcleo de policiais civis do Estado de Mato Grosso do Sul descoberto a partir da identificação de listas de contabilidade contendo registros de pagamento a alguns policiais civis da região conhecida como “Cone Sul”.

De acordo com a Polícia Federal, durante as investigações da Operação Nepsis em 2018, várias listas foram encontradas em documentos e celulares apreendidos em posse de membros da “Máfia do Cigarro”, que apontam a participação de policiais civis no esquema de favorecimento ao contrabando.

Sete servidores da Polícia Civil foram identificados como possíveis líderes regionais do esquema de distribuição de valores realizados pelos “cigarreiros”, para a facilitação do contrabando, sendo que cinco deles foram afastados de suas funções por ordem judicial e dois são aposentados.

Ainda de acordo com as investigações da Polícia Federal, a organização criminosa investigada na Operação Nepsis formou um verdadeiro consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai, a qual se estruturava em dois pilares: um sistema logístico de características empresariais e, ainda, a corrupção de policiais para facilitar o esquema criminoso.

A operação foi denominada “Arithmoi”, o que significa “Números” em grego e remete à contabilização de vantagens indevidas encontradas nas listas de pagamento.

Ainda hoje a Polícia Federal vai realizar uma entrevista coletiva na sede da PF em Campo Grande para falar sobre a operação.

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