Polícia Federal desarticula quadrilha voltada à entrada irregular de estrangeiros

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A fraude foi descoberta pela PF de Corumbá. (Foto: Diário de Corumbá)

A Polícia Federal no Mato Grosso do Sul deflagrou na manhã desta terça-feira (20) a Operação Caronte onde foi desarticulada uma quadrilha que trabalhava com o esquema de imigração irregular de imigrantes.

A quadrilha acusada do esquema agia no Posto de Controle Migratório Esdras em Corumbá. O crime contava com a participação de empresas de turismo, de despachantes e até policiais federais e uma pessoa que prestava serviço terceirizado para a PF. Foram cumpridos cinco Mandados de Prisão Preventiva, seis Mandados de Busca e Apreensão e a ação conta com a participação de cerca de 30 policiais federais.

Segundo a Polícia Federal, a fraude era realizada pelas empresas de turismo que vendiam um “pacote” aos estrangeiros que desejavam entrar no País cobrando, além do transporte até São Paulo, taxas para não precisar passar pela fiscalização imigratória. O esquema criminoso era composto por despachantes das “empresas de turismo”, contudo tinha a participação de um Policial Federal, um servidor Administrativo e um contratado da Polícia Federal, os quais facilitavam a entrada irregular dos estrangeiros.

Os valores cobrados diferiam por migrantes, sendo que, inclusive, estrangeiros com impedimento ou com multa vigente tinham seus registros adulterados, de forma a permitir o ingresso em território nacional.

Com isso era feito o desvio de documentos de imigração (conhecidos como “tarjetas”), os quais eram entregues aos despachantes que vendiam no “pacote” aos estrangeiros que desejavam entrar irregularmente no Brasil. Após essa fase, os documentos eram inseridos nos sistemas de controle, burlando totalmente as regras estabelecidas, permitindo com que indivíduos ingressassem sem qualquer tipo de fiscalização. Migrantes com impedimentos ou multas tinham seus dados alterados para permitir o acesso ao território nacional.

A Operação foi batizada de Caronte, pois esse personagem mitológico era um barqueiro que somente atravessava as pessoas para outro plano mediante o pagamento de uma moeda, em alusão à corrupção praticada para permitir acesso ao território nacional.

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