Depois de a imprensa divulgar o envolvimento de professor, de 29 anos, em abuso sexual contra aluno de cinco anos, outras duas famílias apareceram e o denunciaram à polícia.
De acordo com informações do delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), assim como a primeira, as outras duas vítimas também são meninos, uma também de cinco anos e outra de nove.
O primeiro caso teria ocorrido em julho deste ano em escola municipal, no Bairro Tijuca, onde estuda a criança de nove anos. O outro abuso teria ocorrido também na última quinta-feira (21), na mesma escola, também da Prefeitura de Campo Grande, no Bairro Santa Emília. A vítima tem a mesma idade, mas estuda em sala diferente.
A autoridade policial ressalta que o professor está preso, em decorrência do primeiro estupro. Com o surgimento dos outros casos, responderá três vezes mesmo pelo mesmo crime. “Vai responder a três processos por estupro de vulnerável”, frisou Lauretto.
ESTUPRO
O delegado explica que a violência sexual ocorreu dentro de salas de aula. “Ele colocava as vítimas sentadas ao lado dele e por debaixo das carteiras passava as mãos na genitália delas”, detalhou.
O educador, que alegou atuar como professor substituto, se recusa a prestar depoimento, sustentando que só fala em juízo.
A prisão dele que havia sido feita em flagrante, horas depois de o menino chegar em casa e após comportamento diferente, contar o fato aos pais, foi revertida para preventiva, pelo juiz Carlos Alberto Garcete.
Sobre a fundamentação para manter o criminoso preso, Lauretto diz que, em casos como este, o depoimento da vítima basta. “Na maioria de casos assim, em que não há conjunção carnal que deixam indícios e não há testemunhas, a palavra da vítima é de fundamental importância. Não existe motivo para a criança mentir”, avaliou.
O professor ocupa uma cela do Instituto Penal da Capital, segundo o delegado.