Ação conjunta entre Policiais da DENAR – Delegacia Especializada de Repreensão ao Narcotráfico – e Polícia Rodoviária Federal – PRF, desarticulou um esquema de tráfico de cocaína. Os próprios traficantes ligados ao esquema se intitulavam “reis da cocaína em Campo Grande”. Até então estão presos três integrantes do esquema criminoso, apreendidos 65 quilos de cocaína, R$ 25 mil em dinheiro e quatro veículos.
Estão presos Michael Thales da Cruz Orácio (28), Amarildo Pereira (30) e Luiz César de Oliveira, de 33 anos, apanhados no andamento da Operação King, justamente por conta da auto intitulação dos traficantes. Imaginando não despertar suspeita por parte de policiais, os traficantes costumavam atuar a noite.
Ainda como forma de despistar as polícias no período noturno, os traficantes carregavam a droga em alforjes, que permitem carregar objetos nos dois lados e assim seguiam a pé pela região pantaneira evitando a fiscalização na rodovia. Conforme a polícia, o trio é de Terenos e buscou a droga em Corumbá, sendo abordado na BR-262, em Miranda.
Viajando de carro, quando se aproximavam de algum posto de fiscalização ou algum outro ponto de atuação policial, dois deles colocavam os alforjes no lombo, se embrenhavam no mato seguindo em frente enquanto o carro passava normalmente pela fiscalização até que posteriormente reembarcavam. Desta vez a manobra não deu certo, sendo que na ação conjunta foram presos ainda no mato.
Conforme o delegado João Paulo Sartori, o trio não tinha antecedentes, mas ostentava nas redes sociais com dinheiro, mulheres, bebidas caras e muita festa. Eles faziam lavagem do dinheiro por meio de corridas de cavalo online ou presencial no Estado e interior de São Paulo.
Ainda segundo Sartori, “A investigação foi feita por um longo tempo, e identificou o trio como responsável por abastecer praticamente todo mercado de pasta base e cocaína em Campo Grande. Acreditamos que 90% da droga consumida na cidade ou revendida é fornecida por eles. Eles se gabavam em não ter sido presos, mas a operação acabou com a mamata deles. A droga apreendida é avaliada em torno de R$700 mil, sendo cada tablete identificado por uma “logomarca”, que determina quem é o fornecedor e o lucro de cada um”. Conclui o delegado.
O trio confessa a atuação no tráfico e diz ter entrado no “ramo” por conta de dificuldade financeira. Todos estão autuados em flagrante de tráfico de entorpecente, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.