Oragilda Batista Fernandes, 28 anos, será submetida a audiência de custódia nesta quarta-feira (2) no Fórum de Dourados. Ela é acusada de provocar um incêndio em um barraco na área de retomada Avae’te, próximo à Aldeia Bororó, dentro da Reserva Indígena do município. O crime resultou na morte de duas mulheres e uma bebê.
Inicialmente, a sessão estava marcada para esta terça-feira (1), mas precisou ser adiada devido à realização de um julgamento no fórum, que exigiu o remanejamento de vários casos. Até o momento, Oragilda permanece detida na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC).
O caso
Na manhã de segunda-feira (31/3), a polícia foi acionada após o registro de três mortes na área de retomada Avae’te. No local, as equipes encontraram os corpos das vítimas carbonizados.
As vítimas foram identificadas como Liria Isnarde Batista, 76 anos, Fabiana Benites Amarilha, 37 anos, e a filha dela, Mariana Amarilha Paula, de apenas um ano.
Segundo informações do delegado Erasmo Cubas, chefe do Setor de Investigações Gerais (SIG), as três mulheres estavam ingerindo bebidas alcoólicas no domingo (30/3), quando ocorreu um desentendimento entre elas.
Uma testemunha relatou à polícia que, durante a discussão, Oragilda teria sufocado a criança e, em seguida, atacado Liria com uma barra de ferro, atingindo sua cabeça. Posteriormente, a suspeita teria utilizado um galão de gasolina para atear fogo na residência, incendiando-a de fora para dentro, com as três vítimas ainda dentro do imóvel.
A investigação aponta que a idosa e a bebê já estavam inconscientes no momento do incêndio, enquanto Fabiana dormia. O caso segue em análise pelas autoridades, e a audiência de custódia determinará os próximos passos do processo judicial.
