Vítima de atentado na Capital era filho de ex-capitão da PM

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Policiais cercaram o local onde aconteceu o atentado. (Foto: Divulgação)

A vítima de um atentado ocorrido no começo da noite desta terça-feira em Campo Grande era Matheus Xavier de 20 anos, filho do ex-capitão da Polícia Militar Paulo Roberto Xavier, que já foi preso por envolvimento com esquema de caça-níqueis em 2009 e expulso da corporação.  Ele chegava em casa na rua Antonio da Silva Vendas nas proximidades da Zahran quando desconhecidos chegaram em um Up branco de disparam com armas automáticas, possivelmente fuzis.

Com o filho gravemente ferido Xavier foi para a Santa Casa e no caminho pediu ajuda para uma guarnição do Corpo de Bombeiros que atendia um atropelamento na rua 13 de Junho esquina com a Mato Grosso.

O jovem foi levado até a Santa Casa, mas morreu antes de ser atendido. Segundo informações familiares dele passaram mal quando souberam da morte do adolescente pelo menos uma pessoa precisou ser atendida pelo SAMU.

Policiais estão no local onde ocorreu o atentado e peritos recolheram diversas capsulas que seriam de calibre 556.

Segundo o site Midiamax, Paulo Roberto Teixeira Xavier havia sido preso em 2009 por envolvimento com uma organização que explorava máquinas caça-níqueis em Campo Grande.  Xavier foi condenado a sete anos de prisão em regime fechado por falsidade ideológica, por manter um estabelecimento comercial, o que é proibido para oficial e corrupção passiva.

Na época, ele foi denunciado pelo Ministério Público durante a operação Las Vegas, realizada pela PF (Polícia Federal) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), como responsável pela logística e segurança da organização que explorava máquinas caça-níqueis na Capital.

O major da Polícia Militar Sérgio Roberto de Carvalho foi apontado como líder do esquema e acabou expulso da corporação. Com a quadrilha foram apreendidos 18 veículos, um avião, 97 máquinas de caça-níqueis, R$ 77 mil, US$ 1,7 mil, computadores e notebooks.

Cerca de dois anos depois da prisão, em 2011, o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu habeas corpus ao capitão, que a essa altura já cumpria a pena em regime semiaberto.  Desde então Xavier aguardava o julgamento em liberdade.

No ano de 2015, foi flagrado observando um banco em posse de uma pistola 380 sem registro em uma caminhonete com placa alterada, em Bom Jardim (MA). No entanto, recebeu alvará de soltura após o juiz considerar que ele não preenchia os requisitos para a prisão preventiva.

Editada as 20:56 para correção e acréscimo de dados.

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