Alunos da EE Floriano Viegas Machado conheceram, nesta terça-feira (29), as dependências da Câmara Municipal de Dourados e, particularmente, o Setor de Arquivo Permanente, onde se encontram documentos desde o início das atividades, em 1935. Os estudantes, do 1º ano do ensino médio, fazem parte do projeto “Dourados em Patrimônio”, financiado pelo Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) e coordenado pela Profª Drª Márcia Bortoli Uliana.
Merlyn Nicole Burger Vivas, Clara Niz Queiroz, Alice Niz Queiroz e Natan Guevara Filla fazem parte da quarta edição do projeto, que visa realizar um levantamento sobre os tombamentos e registros realizados pelo poder público municipal douradense, a partir da década de 1980. O trabalho desenvolvido no projeto está registrado no site douradosempatrimonio.com.br.
“Esse projeto trabalha com história cultural, com história pública e está inserido diante de um cenário mais amplo chamado Cidades Inteligentes. Nosso objetivo nesta visita é tentar identificar o que se tem armazenado sobre o Conselho Municipal de Política Cultural, onde também está incluído o Patrimônio. Então, esse é um trabalho inicial para a gente procurar o que se tem de legislação já produzida sobre essa temática no município de Dourados”, explica Márcia Uliana.
Arquivista da Câmara Municipal de Dourados, Alisangela Aparecida da Silva Santos explica que o Setor de Arquivos contêm documentos físicos desde a década de 40. “É importante estabelecer parceria das escolas com os documentos históricos presentes nos arquivos públicos. Temos registros com data de 1942, elaborados de forma manuscrita, época em que não existia tecnologia”, explica.
Segundo ela, que trabalha junto com a assessora técnica Dirce Oliveira, toda essa documentação já se encontra digitalizada. “Esse processo começou em 2022, na gestão do então presidente Laudir Munaretto, que resolveu digitalizar essa documentação para ficar disponível e facilitar a busca. A digitalização favorece a preservação dos documentos e das informações e contribui para o desenvolvimento da memória social de Dourados. Nós temos demanda de pesquisadores que buscam projetos que tratam de determinado assunto e por meio da digitalização a gente consegue atender com mais agilidade”, completa Alisangela.
Apesar da digitalização, a visita para ver os documentos físicos é importante para o projeto. “Essa é uma necessidade também dos alunos, entender que o digital é importante, que nos ajuda, mas que não pode estar desconectado do arquivo físico, que é fundamental no caso de algum pane no sistema. Por isso é importante para o historiador trabalhar com documentação física e é um pouco essa experiência que a gente queria trazer para esses alunos”, conclui Márcia.
A visita ao Setor de Arquivo da Câmara Municipal é aberta ao público, como alunos de escolas públicas e privadas, acadêmicos e pesquisadores em geral e podem ser agendadas pelo email arquivo@camaradourados.ms.gov.br.
