Marcos Morandi
O cenário político deve ficar quente na próxima segunda-feira (6) em Maracaju, cidade distante 162 quilômetros de Campo Grande. Entre os assuntos da pauta da Câmara Municipal está a criação de comissões processantes que podem levar a cassação, por quebra de decoro parlamentar, oito vereadores envolvidos na Operação “Dark Money”.
A operação foi realizada no ano passado pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). Dos parlamentares investigados, sete estão afastados pela Justiça, são acusados de receber propina mensal do ex-prefeito Maurílio Azambuja (PSDB) para aprovar projetos do Executivo.
As CPIs (Comissões Parlamentares de Inquéritos) serão formadas depois que o pedido de ação coletiva de iniciativa de um grupo de eleitores foi lido pela Mesa Diretora. O documento foi protocolado na Secretaria da Câmara na última segunda-feira passada (27), no final da sessão.
Entretanto, para que as comissões sejam instaladas, basta a aprovação no plenário, por maioria simples (metade mais um) entre os 13 vereadores. Os processos serão individualizados e devem estar concluídos em 30 dias, podendo ser prorrogados.
Os vereadores acusados de corrupção e que podem perder os perder o mandato são: Robert Ziemann (PSDB), Laudo Sorrilha Brunett (PSDB); Ludimar Portela, o “Nego do Povo” (MDB); Joaozinho Rocha (MDB); Hélio Albarello (MDB); Antonio João Marçal de Souza, o “Nenê da Vista Alegre” (MDB); Ilson Portela, o “Catito” (União Brasil; e Jefferson Lopes (União Brasil).