Educação é o alicerce no combate à violência doméstica, diz Marçal

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Deputado defende que a violência contra mulher deve ser debatida nas escolas.(Foto: Luciana Nassar)

Em tempos de preocupações com a disseminação mundial do coronavírus, o deputado estadual Marçal Filho (PSDB) alerta para uma epidemia que para ser combatida precisa passar pela educação: a violência contra mulher. No Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, nesta segunda-feira (1º de junho), o parlamentar diz que a situação merece atenção da sociedade.

O Brasil é o quinto país com mais feminicídios no mundo e de acordo com Marçal Filho é necessário que as crianças passem a  ter visão crítica das agressões, por meio da educação, se tornando mais conscientes no futuro. Ainda há um entendimento que o ambiente doméstico é um local inviolável, mas se o crime acontece dentro da casa, o poder público tem que entrar em ação para aplicar as leis ao agressor. Para isso, é preciso que haja denúncia, alerta o parlamentar.

Somente em Mato Grosso do Sul, em 2019, foram 31 feminicídios contra 32 em 2018. Marçal chama a atenção para as denúncias de violência domésticas que caíram no Estado com a pandemia do coronavírus, conforme dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, indo na contramão de outros estados do país. O maior convívio entre a mulher e o agressor fez disparar a violência no Brasil e Marçal alerta para as subnotificações em Mato Groso do Sul.

Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher na Assembleia Legislativa, o deputado avalia que somente a educação pode reduzir os índices de violência contra as mulheres, com informações e debates no ambiente doméstico e nas escolas. São considerados tipos de violência não apenas aquela praticada fisicamente, mas também a psicológica, moral, patrimonial e sexual.

“A violência contra mulher deve ser debatida nas escolas, assim com a segurança no trânsito entrou nos debates escolares”, defende o parlamentar. Para ele, falar sobre os mais diferentes tipos de violência, principalmente sobre aquelas que ocorrem no âmbito doméstico, dos relacionamentos afetivos e da convivência familiar é necessário para evitar o ciclo de agressões e de mortes que continuam vitimando mulheres.

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