Governador compara prefeito a ladrão de banco e aplaude suspensão de licitação de lâmpadas

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Governador de Mato Grosso, Mauro Mendes comparou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, a um ladrão de banco, ao falar da licitação, suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado, que visava a locação e aquisição de quase 90 mil luminárias de LED, apesar do município estar incluído no programa MT Iluminado, do Governo do Estado.

Nesta semana o conselheiro José Carlos Novelli, do TCE-MT, suspendeu o pregão eletrônico da Prefeitura por considerar o possível prejuízo de R$ 28,7 milhões ao Estado, já que as luminárias que precisariam ser trocadas já foram compradas. “Fui tomar conhecimento agora essa semana de uma licitação que o Prefeito estava fazendo pra comprar, gastar R$ 92 milhões alugando lâmpada de LED quando está lá no depósito da Arena Pantanal mais de 60 mil lâmpadas de graça à disposição dessa Prefeitura, isso ao meu ver é uma tentativa de roubar dinheiro público, isso não pode ficar de graça”, disse o governador em entrevista.

No convênio com o Governo, a Prefeitura teria retirado, até o momento, apenas 12.846 luminárias, restando 63.078, ao custo de R$ 28.741.246,83. A Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana disse que no convênio com o Estado, foram disponibilizadas apenas 12.840 lâmpadas de 60w, 100w, 150w e 200w, além de que não há especificação de que haverá contrapartida no tocante a manutenção e troca dos equipamentos.

“Prefeito aderiu ao programa, assinou, tem um documento escrito assinado aderindo, todos os prefeitos aderiram, porque nós precisaríamos na época da licitação estabelecer um quantitativo a se comprar e precisávamos que os prefeitos aderissem a esse programa, porque o Governo comprou as lâmpada de LED e os prefeitos e as prefeituras teriam o compromisso de instalar. Grande parte das prefeituras já concluíram essa instalação. […] Cuiabá tá lá comprado desde 2022, chegou 100% das lâmpadas, estão lá à disposição e ele nunca retirou e agora queria alugar, estranhamente, lâmpada de LED. Eu nunca vi isso na minha vida”, afirmou Mauro.

O TCE, porém, decidiu pela suspensão do edital. Mauro aplaudiu a medida e ainda comparou o prefeito Emanuel Pinheiro a um ladrão de banco. “Parabéns ao Tribunal de Contas que suspendeu, mas é aquela história, se um bandido vai tentar assaltar um banco e está lá no meio do assalto ao banco, aí chega a polícia e para o assalto, esse bandido cometeu o crime ou não? Por tentar assaltar um banco. Então um agente público que tenta roubar dinheiro público, isso é crime ou não? Fica a pergunta no ar”.

Retorno ao cargo

Mendes também comentou o retorno de Emanuel à Prefeitura de Cuiabá, após ficar 3 dias afastado por decisão do desembargador Luiz Ferreira. O ministro Ribeiro Dantas considerou que ainda não foi julgado o recurso contra a decisão que mandou o caso de Emanuel para a Justiça Federal.

Ao falar sobre o retorno o governador disse que percebe a “dura realidade” de Cuiabá e ainda contestou a afirmação da defesa do prefeito, que havia dito que Mauro teve conhecimento do afastamento 10 dias antes. “Eu não conheço os elementos [da decisão], nem que levaram ao afastamento e muito menos os que levaram a suspensão. Eu conheço um pouco a dura realidade que Cuiabá está submetida nos últimos anos, com essa gestão que é catastrófica. Todos vêm no dia a dia, sinais claros e evidentes de uma gestão que não consegue honrar com os compromissos, houveram muitos escândalos de corrupção, a saúde passou por intervenção, devolvemos, eu conversei há poucos dias com a equipe que monitora, que são alguns deles são servidores do Estado, e os resultados são terríveis”.

Fonte: Gazeta Digital

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