O deputado estadual Marçal Filho (PSDB) apresentou nesta terça-feira (08) na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei que institui em Mato Grosso do Sul o “OncoDia de prevenção e atendimento aos pacientes de câncer”. A matéria segue agora para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
A ideia do projeto é semelhante ao programa Hiperdia desenvolvido pelas unidades básicas de saúde, que destina-se ao cadastramento e acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial ou diabetes. Conforme o Projeto de Lei, o objetivo do OncoDia é o de estabelecer um dia na semana para o atendimento ambulatorial, acompanhamento, orientação, assistência e promoção da saúde de pacientes do câncer cadastrados e vinculados à rede básica de saúde.
Por meio do OncoDia, conforme o projeto, será possível realizar um monitoramento contínuo da qualidade clínica e o controle de agravos dos pacientes; possibilitar o fornecimento de informações gerenciais que permitam subsidiar os gestores públicos para tomada de decisão na adoção de estratégias de intervenção gerais ou pontuais, como estimar acesso aos serviços de saúde, planejar demanda para referenciamentos; e fornecer informações que subsidiem a gerência e gestão da Assistência Farmacêutica.
Para colocar em prática o OncoDia, o atendimento será realizado por equipes interdisciplinares formadas por médico, psicólogo, assistente social e enfermeiro, vinculados à atenção básica, sendo destinado às pessoas com câncer que realizem o tratamento em seu convívio familiar, sem estágios que incidam em internação hospitalar.
“O Oncodia é o dia de prevenção e atendimento a pessoas com câncer que estão sendo tratados em seu convívio familiar, seja no inicio (descoberta) da doença, ou no meio de seu tratamento, porém, sem estágios que incidam em internação hospitalar”, justificou Marçal Filho.
As redes básicas de saúde possuem um planejamento no que se refere ao Hiperdia (dia de acompanhamento a hipertensos), Dia das Gestantes, Dia de atenção especial a diabetes, porém, segundo os profissionais de saúde contatados pelo deputado, faz-se necessário um acompanhamento familiar das pessoas com câncer, que muitas vezes sentem-se isoladas, podendo entrar em depressão. Pode acontecer também do paciente reduzir a sua estima com a queda de cabelo devido ao tratamento, precisando de uma atenção especial, que poderia assim como os demais programas existentes, ser muito eficiente e auxiliar na recuperação e até mesmo, no combate contra a enfermidade.