O governador Reinaldo Azambuja garantiu ao deputado estadual Marçal Filho que o traçado da Nova Ferroeste passará pela cidade de Dourados, ligando Mato Grosso do Sul ao porto de Paranaguá, no Paraná. Também chamado de Corredor Oeste de Exportação, grupos técnicos dos dois estados (GTFerrovias) já elaboraram o estudo preliminar de demanda e traçado, peça-chave na atração de investidores.
“O governador garantiu que a ferrovia passará pela cidade de Dourados, porém não pela região urbana do município. Será pela área rural”, disse Marçal Filho, que nesta segunda-feira (22) cumpriu agenda com Reinaldo Azambuja.
O traçado da Nova Ferroeste sai de Maracaju, Mato Grosso do Sul, maior produtor de grãos do Centro-Oeste, passa por Dourados e Mundo Novo. No Paraná entra por Guaíra, passa por Cascavel, Guarapuava e segue rumo ao porto de Paranaguá. Havia desencontro de informações de que o traçado não passaria por Dourados, contudo, Reinaldo afirmou que o empreendimento passará pela cidade, porém na área rural. Estudo preliminar indica que poderá passar pela região do distrito de Itahum.
A malha ferroviária terá até 1.371 quilômetros de extensão e ainda não há um valor definido para a obra, já que o projeto está em fase de elaboração. A expectativa é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3), com sede em São Paulo, até novembro de 2021.
Para Marçal Filho, a Nova Ferroeste é um projeto estruturante que reposiciona Mato Grosso do Sul dentro do marco ferroviário. O aumento de exportação, aumento da renda para os produtores, competividade, possibilidade de expansão agrícola estão entre os principais reflexos para o Estado.
Ainda nesta segunda-feira ocorreu cerimônia de apresentação do estudo preliminar de demanda e traçado, na sede da Governadoria do Mato Grosso do Sul, com participação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, do Paraná, e do governador Reinaldo Azambuja, do Mato Grosso do Sul.
O encontro de apresentação de demanda e traçado foi mais um passo para a consolidação de um sonho conjunto do Paraná e do Mato Grosso do Sul. Conforme o deputado Marçal, o corredor logístico vai mudar a infraestrutura dos dois estados, proporcionando ser o segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País, unindo dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro.
De acordo com os técnicos responsáveis pelo estudo, a construção da ferrovia terá um impacto imenso dentro da logística nacional, diminuindo custos de até 27% e ampliando a capacidade de exportação.