Mato Grosso do Sul deve se tornar em breve modelo de gestão para promover o uso público e sustentável dos parques e unidades de conservação ambientais. Essa é a opinião do deputado estadual Renato Câmara (MDB), coordenador-presidente da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento das Unidades de Conservação de MS.
Na semana passada, o deputado participou do 1º do Simpósio de Uso Público em Parques no Mato Grosso do Sul, realizado pela WWF Brasil e pelo governo do Estado com o objetivo de conhecer e debater formas de uso público e concessões em parques e outras áreas protegidas no Estado, utilizando boas práticas que promovam o desenvolvimento sustentável das regiões onde se localizam essas unidades de conservação. O evento reuniu cerca de 200 participantes nos dois dias de realização, com programação intensa de palestras com especialistas que compartilharam as experiências em gestão de áreas protegidas no Brasil, Paraguai e Bolívia.
Durante o simpósio também foi apresentada a situação atual das Unidades de Conservação Estaduais (Parque Estadual do Prosa; Parque Estadual Matas do Segredo; Parque Estadual do Rio Negro; Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema; Parque das Nascentes do Rio Taquari; Estrada Parque Pantanal; Monumento Natural Rio Formoso; Monumento Natural Gruta Do Lago Azul; Apa Rio Cênico; Estrada-Parque Piraputanga; Estrada Parque Do Pantanal).
Conforme Renato Câmara, a realização do simpósio representa um avanço significativo para consolidação de políticas públicas voltadas para construção de modelos de gestão sustentável das unidades de conservação em MS. “Nossa grande bandeira com a implantação da frente parlamentar sempre foi transformar as
unidades de conservação ambientais do Estado em espaços acessíveis, úteis e geradores de emprego, renda, conhecimento e educação ambiental à população sul-mato-grossense. Acredito que estamos avançando significativamente na consolidação de modelos de gestão que certamente vão promover o desenvolvimento sustentável destes espaços”, destacou o deputado.
No simpósio, a Semagro e o WWF Brasil firmaram acordo de cooperação para realização de projetos, estudos, pesquisas, capacitação de pessoal e outras atividades de interesse das partes, voltadas à conservação da biodiversidade.
“Nós temos agora mais elementos para identificar como deverá ser o modelo para as nossas Unidades de Conservação Estaduais. O emparceiramento com a iniciativa privada é fundamental, uma necessidade, pois o setor privado tem os recursos para fazer os investimentos necessários que permitam o uso público desses locais, que aumentem a visitação nesses parques, que promovam a conscientização e conservação ambiental e promovam o desenvolvimento sustentável”, avalia Ricardo Senna, secretário adjunto da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
FRENTE PARLAMENTAR
Criada no ano passado, a Frente Parlamentar para o Desenvolvimento das Unidades de Conservação Ambiental tem o objetivo de implantar um modelo sustentável de desenvolvimento econômico e social para as unidades de conservação ambientais de Mato Grosso do Sul, potencializando a pesquisa, o turismo, o lazer, a produção local e a geração de emprego e renda.
O grupo de trabalho do legislativo estadual, que conta com a participação de aproximadamente 30 instituições públicas e privadas e representantes da cadeia turística do Estado, atua no debate e apresentação de propostas voltadas para o desenvolvimento de políticas públicas afins de organizar a exploração sustentável dos parques ambientais do Estado. O Estado tem 126 unidades de conservação ambiental. São 5,5 milhões de hectares, que podem ser melhor aproveitados para turismo, pesquisa, educação ambiental, entre outras finalidades de característica sustentável.