Residência de Sérgio Moro é alvo de busca e apreensão em ação do TRE

Ex-juiz e candidato ao Senado é acusado de propaganda eleitoral irregular

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O apartamento do ex-juiz e candidato ao Senado pelo estado do Paraná, Sérgio Moro (União Brasil), foi alvo, neste sábado (3), de cumprimento de mandados de busca e apreensão de material de campanha irregular. A ação foi determinada pelo Tribunal Regional do Paraná (TRE-PR). Além de ver material físico de propaganda eleitoral ser apreendido, o candidato também terá de remover de suas redes sociais peças da campanha no prazo de 48 horas.

A decisão do TRE-PR atendeu a pedido feito pela Federação Brasil da Esperança, liderada pelo Partido dos Trabalhadores, que alegou haver irregularidades nas peças de campanha do candidato. O mesmo foi feito no comitê de campanha de outro candidato ao Senado pelo Paraná, Paulo Martins (PL).

De acordo com a assessoria jurídica do PT, “as peças possuem desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador em relação à dos suplentes. Em muitas delas, sequer mencionam os nomes dos suplentes, em absoluta inobservância à legislação eleitoral”.

Ao todo, devem ser apreendidos aproximadamente um milhão de impressos irregulares, entre adesivos, plaquinhas, santinhos e perfurades (adesivos para carros). Segundo o TRE, a ação aconteceu na residência de Moro porque é o endereço cadastrado como a sede do seu comitê de campanha.

O ex-juiz se pronunciou acusando o PT, ironicamente principal alvo de “operações” espetaculosas cometidas pela finada “lava jato”, mas que agora se diz vítima de um abuso. “Hoje, o PT mostrou a ‘democracia’ que pretende instaurar no país, promovendo uma diligência abusiva em minha residência e sensacionalismo na divulgação da matéria. O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido.”

O TRE acatou também os argumentos da federação de que Moro tem realizado propaganda irregular nas redes sociais e determinou a exclusão de todos os vídeos dos canais de Sergio Moro no YouTube, no Facebook, no Instagram e no TikTok, inclusive aqueles com críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de links nas páginas de sua campanha, também no prazo de 48 horas. Ao todo, deverão ser removidos mais de 300 links.

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