Senado Federal pode analisar PEC do fim da reeleição a partir de outubro

Proposta do senador Jorge Kajuru sugere mandato único de cinco anos para presidente, governador e prefeito

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O Senado Federal pode começar a analisar Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com reeleição para a presidência da República, governos estaduais e prefeituras. A proposta apresentada pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) entraria em vigor a partir da eleição de 2026 e aumentaria os mandatos de quatro para cinco anos.

A confiança do senador goiano de que a proposta passe a ser analisada depois de outubro está no apoio à mudança, que teria anuncia de diversos pares, entre eles o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-GO). “A reeleição evidencia o personalismo político e as estratégias para manutenção do poder acabam prevalecendo sobre o interesse coletivo”, disse Kajuru em plenário nesta semana.

Pacheco acredita que se precisa encontrar o melhor momento para debater a proposta e se evitar casuísmo. “Acredito que há certa simpatia e adesão a essa tese do fim da reeleição. Considero e já publicamente já externei isso, que seria muito bom para o país. A gestão pública feita sem o propósito de uma reeleição normalmente é mais criteriosa e mais afeita a realizações imediatas, sem populismo e sem intenção eleitoral”, disse.

Senadores do MS

A reportagem do Capital News tentou ouvir os senadores sul-mato-grossenses sobre o assunto. Até o fechamento desta matéria, apenas a senadora Soraya Thronicke (União Brasil) havia respondido. O senador Nelsinho Trad (PSD) e Simone Tebet (MDB), pré-candidata do partido à presidência da República, não retornaram.

Thronicke concorda que, para acabar com a reeleição, o mandato precisa ser maior que quatro anos. “O tema precisa ser debatido, mas acredito que, para acabar com a reeleição, é preciso avaliar a possibilidade de aumentar o mandato do Executivo por pelo menos mais um ano. Isso porque, na minha opinião, um mandato de quatro anos é pouco tempo para um bom gestor realizar todos os projetos que propõe, ainda mais em um país tão burocrático quanto o Brasil. Por outro lado, com gestores ruins, a população é quem paga o preço da incompetência. Mas para isso o remédio é escolhermos melhor os nossos representantes”, avalia.

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