Fizeram uso da tribuna o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS (Sinsap/MS), André Santiago; e o coronel Alírio Vilassanti, da Polícia Militar de MS, que reivindicam nada mais do que seus direitos trabalhistas, ou seja, a reposição salarial das perdas com o acúmulo inflacionário dos últimos anos, o que é dever do Estado.
“O discurso do governador é incoerente, pois ora a economia está bem, ora está mal. Quando o assunto é aumento salarial, a crise financeira justifica a impossibilidade. Mas, as condições são positivas. Repatriação de recursos, renegociação de dívidas, depósitos judiciais bilionários e aumento de impostos comprovam que existe caixa”, disse o sindicalista.
Segundo André, são quase 1.200 contratos de isenção fiscal, mais de 400 milhões de gastos do governo com publicidade e 1.273 comissionados na atual administração. “SE o Estado atravessa uma crise, precisam ser revistos os gastos e a renúncia fiscal. A reforma administrativa foi realizada para o equilíbrio fiscal. Quatro meses depois, o rombo com pessoal é de 76 milhões. Portanto, são questões latentes e que precisam de respostas”, declarou.
O coronel da Polícia Militar, Alírio Vilassanti, informou que o poder de compra do servidor reduziu em 20% nos últimos três anos. “Pagar em dia é obrigação do Estado. Queremos uma gestão ética e transparente. Os incentivos fiscais são questionáveis e a verba publicitária exorbitante”.