Durante a 41ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Dourados, realizada nesta segunda-feira (27), o vereador Juscelino Cabral (PSDB) expôs de maneira incisiva uma conversa no aplicativo whatsapp, na qual um cidadão douradense, segundo vereador, de formação elevada, desdenha da morte de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como “Clezão”. O empresário faleceu em 20 de novembro no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.
Patriota Clezão, de 46 anos, sempre negou envolvimento em crimes durante os protestos de 8 de janeiro. Ele esteve em prisão preventiva por mais de 10 meses, ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, sem provas concretas das acusações feitas pelo Ministério Público Federal e acatadas pelo ministro. Clezão morreu depois de um “mal súbito durante o banho de sol” no Complexo Penitenciário da Papuda.
O vereador Juscelino teve acesso a um print de uma conversa em um grupo de whatsapp, na qual o interlocutor, segundo ele, comemora de forma pejorativa a morte do Clezão. Durante sua fala na tribuna da Câmara, Juscelino manifestou indignação e repúdio ao conteúdo da conversa.
“Eu estou aqui com a fala de um cidadão douradense num grupo de whatsapp, uma pessoa de conhecimento, de formação elevada, praticamente comemorando a morte de Clezão. Esqueceu que ele tem família, que não foi julgado, que o STF não viu o caso dele, não teve direito à defesa. Foi assassinado sim!”, destacou o vereador.
Em outro trecho, o vereador diz o seguinte: “Olha o que esse cidadão escreve: ‘Se estivesse em casa com sua família, ao invés de estar fazendo baderna, talvez estivesse de boas’. Não vou ler o resto, porque dá nojo; é triste!” Então, para você que postou isso no grupo do WhatsApp, só digo uma coisa: você é doente e precisa de um psiquiatra.
Juscelino Cabral ressaltou a falta de respeito pelo pensamento divergente e questionou a postura democrática do interlocutor na conversa, afirmando que aquele que não respeita o pensamento do outro, é um “mentiroso contumaz” e pode ser interpretado como um “ditador enrustido”.
A repercussão do discurso do vereador levantou debates sobre o respeito à diversidade de opiniões e a necessidade de preservar os princípios democráticos na sociedade.
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