O ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, Zeca do PT, voltou atrás e deve tentar sim disputar as eleições de outubro. Depois de abrir mão da disputa pela sucessão de Reinaldo Azambuja, o político vai buscar retornar à Assembleia Legislativa. Para isso, porém, ainda vai precisar ter o aval da Justiça.
Zeca foi deputado estadual por dois mandatos na década de 90, até vencer a eleição para governador em 1998, batendo no segundo turno o candidato do governo, Ricardo Bacha. Venceu a reeleição em 2002, mas perdeu depois a disputa para André Puccinelli em 2010. Depois foi eleito o vereador mais votado de Campo Grande em 2012 e, dois anos depois, foi eleito deputado federal. Em 2018, tentou vaga no Senado Federal, sem sucesso.
Com a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao cenário, após ter as condenações sofridas durante a Operação Lava Jata anuladas, Zeca do PT se animou com a possibilidade de disputar a cadeira de governador, mas esbarrou na condenação do Tribunal de Justiça, que o mantém, por enquanto, inelegível.
Para recuperar os direitos políticos, a defesa do ex-governador recorreu ao Superior Tribunal de Justiça. O pedido aguarda análise, desde o ano passado, do ministro Benedito Gonçalves. Caso não consiga ter o pedido julgado até as eleições, o advogado Ronaldo Franco antecipa que Zeca poderá obter liminar para disputar as eleições.
Para o lugar de Zeca, o Partido dos Trabalhadores escolheu a advogada Giselle Marques como pré-candidata ao Governo do Estado. Para disputa do Senado Federal, o pré-candidato é o advogado e professor Tiago Botelho. O PT terá na disputa o apoio do PV e PCdoB, que formaram uma federação partidária. PSOL e Rede também devem estar juntos.
