Geraldo pede ações efetivas de combate à gripe H1N1?

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Geraldo Resende quer que governo federal atue com mais firmeza no combate à gripe H1N1. (Foto: Divulgação)
Geraldo Resende quer que governo federal atue com mais firmeza no combate à gripe H1N1. (Foto: Divulgação)

O deputado federal Geraldo Resende, que faz parte da Frente Parlamentar da Saúde, cobra um planejamento do governo federal no combate ao vírus da gripe H1N1. Segundo ele, os parlamentares desta frente acompanham com preocupação a falta de ações nessa área, muito embora a doença venha se espalhando de forma assustadora em diversas regiões do país.

Na última segunda-feira (11) o Ministério da Saúde divulgou que o número de mortes por H1N1subiu para 102 até o dia 2 de abril. Foram 31 mortes desde o boletim anterior divulgado pela pasta, referente aos casos até 26 de março. “Enquanto isso, vemos uma total falta de ações planejadas para fazer frente à doença”, diz o deputado.

Geraldo Resende lembra que de acordo com o Ministério da Saúde, ao todo, foram registrados 686 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por H1N1 até 2 de abril. “Também houve treze mortes e a ocorrência de 168 casos de SRAG por outros vírus da gripe ao longo do ano”, salienta o parlamentar.

De acordo com o Ministério da Saúde, as mortes por H1N1 ocorreram em São Paulo (70), Goiás (6), Santa Catarina (5), Bahia (3), Pará (2), Ceará (2), Rio Grande do Norte (2), Minas Gerais (2), Rio de Janeiro (2), Rio Grande do Sul (2), Mato Grosso do Sul (2), Amapá (1), Mato Grosso (1) e Distrito Federal (1).

“A procura pela vacina contra a gripe H1N1 tem provocado filas em clínicas particulares, em todas as regiões do País, mesmo em Estados sem registro de mortes em decorrência da doença. Mas faltam imunizantes para atender a população”, salienta o parlamentar.

O deputado Osmar Terra, coordenador da Frente Parlamentar da Saúde, também cobra um plano nacional de combate ao vírus. “Tem que ter um plano pra isso, está faltando planejamento. As pessoas estão morrendo, não adianta um instituto falar que é questão do tipo de vírus. Lembro que vacinamos metade da população do Rio Grande do Sul em 2010, não teve nenhum caso nem de óbito e nem de gripe, não teve nada em 2010.”

Antecipação do vírus

Este ano o vírus chegou antes do esperado. A previsão era que o pico de casos fosse no mês de julho, mas o País vem registrando casos desde o início do ano.

Especialistas discutem hipóteses para explicar a antecipação, que vão de fatores climáticos até o aumento de viagens internacionais que podem ter trazido o H1N1 que circulava no hemisfério norte.

Por causa disso, o Ministério da Saúde antecipou a distribuição das vacinas contra influenza e liberou os estados para iniciarem a aplicação antes da campanha nacional de vacinação, prevista para começar em 30 de abril.

Até o momento, ao menos sete estados, mais o Distrito Federal, já anunciaram antecipação da vacinação.

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