Nutrição da UNIGRAN participa de consulta pública para Guia Alimentar do Ministério da Saúde

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Estudantes e professores se reúnem para contribuir com a redação de uma nova edição do ‘Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos’. (Foto: Divulgação)

A alimentação na infância, principalmente nos dois primeiros anos de vida, é fundamental para o desenvolvimento do ser humano. Com o intuito de discutir os desafios da alimentação saudável e propor sugestões para o ‘Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos’, acadêmicos e egressos do curso de Nutrição da UNIGRAN, juntamente com alunos da Residência Multiprofissional em Saúde do Hospital Universitário de Dourados – MS, se reuniram e participaram do aperfeiçoamento do documento oficial do Ministério da Saúde submetido à consulta pública.

O documento ‘Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos’ é um instrumento de orientação nutricional para profissionais de saúde e para população em geral que foi elaborado em 2002 e, neste ano, será atualizado através de uma consulta pública em todo o país, podendo ser sugeridas inclusões, exclusões ou nova redação. Os participantes, orientados pelas professoras Rita de Cássia Dorácio Mendes, Juliana Barros de Almeida e Thalyta Muniz Lemes, foram divididos em grupos para avaliar, revisar e apresentar as alterações propostas.

Esta é a primeira vez que o curso participa de uma consulta pública de um material do Ministério da Saúde. Uma das organizadoras do evento, a professora Juliana de Almeida explica que, como o documento traz orientações para mães, pais, cuidadores e profissionais de saúde, de como deve ser a alimentação adequada e saudável para esta faixa etária, é fundamental que os acadêmicos contribuam nesta adequação, colocando em prática o conhecimento adquirido no decorrer da faculdade, além de ser uma forma de sentirem-se coparticipantes na elaboração de um documento oficial.

“A consulta pública possibilita uma revisão do texto antes que seja oficialmente publicado. Como os estudantes têm um olhar crítico de um conteúdo que dominam, isso vem a contribuir e somar para este documento ser mais bem concluído, que esse é o intuito. Nesta nova edição, o Guia trará informações mais atualizadas”, menciona.

Este é um instrumento extremamente importante para a comunidade, conforme a professora, principalmente por abordar a fase de transição alimentar, da amamentação à introdução de novos alimentos, o que gera muitas dúvidas nas mães, pais e cuidadores. “Identificamos erros de grafia, concordância, gramática, optamos pela questão de deixar o texto mais claro e acrescentar exemplos, bem como sugestões para o conteúdo”, ressalta Juliana de Almeida.

Cada residente ficou responsável por um grupo para contribuir com a redação do documento. Talita Yoshimura da Costa é egressa da UNIGRAN e residente no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde – Nutrição na Atenção Cardiovascular. A nutricionista aponta que, diante do ponto de vista do grupo, foi proposto retirar e acrescentar considerações importantes para linguagem de mais fácil compreensão.

“A intenção é promover a saúde através da alimentação, então que seja de fácil compreensão para as pessoas. É um momento de reflexão em que nós, profissionais da saúde, podemos ter voz ativa e levarmos nossas opiniões, promover a saúde por meio deste instrumento que abrange todo o Brasil”, destaca Talita da Costa.

Vinicius Rodrigues Galbin, acadêmico do 8º semestre, observa que o Ministério da Saúde preconiza o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, a partir dessa idade, o Guia traz a introdução de papinha salgada ou de frutas, quais os grupos de alimentos que devem ser incluídos nessas papinhas. “Fizemos muitas mudanças de palavras, para coerência e para que o leitor possa compreender melhor o texto, com o intuito de deixar a linguagem um pouco mais popular para fácil compreensão”, cita.

Enquanto estudante, ele afirma que é uma experiência única. “Nós tivemos a oportunidade de colocar a mão na massa. É bem legal a ideia de que, futuramente, quando o documento for publicado oficialmente, podermos dizer que tivemos essa participação”, enfatiza Vinicius Galbin.

As alterações serão feitas através de um formulado disponibilizado no site do Ministério da Saúde, com a inserção do que está sendo sugerido: inclusão, alteração ou exclusão. A Consulta Pública está aberta até o dia 25 de agosto. Conforme o documento de abertura do processo, o ‘Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos’ atualizado será divulgado ainda este ano.

 

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