O MINEIRO Pedro Aleixo dizia que o político esperto julga-se tão sabido que acaba atolado na própria burrice. Usa cumplices para não sujar as mãos, contorna a lei mas fica com o rabo preso na perigosa teia que pode fritá-lo com documentos e informações na justiça. É igual ao mandante do crime que se torna refém do matador de aluguel.
LAVA JATO: Ela mostrou que a corrupção não existe sem o corruptor e a participação de outra pessoa ou agente. É o contador, motorista, compadre, secretária ou empresário nesta ‘costura’. Se qualquer um deles abrir o bico a verdade virá a tona com a habitual postura alarmante da mídia. Os estragos irreversíveis e as noites de pesadelos terríveis.
7 DEDOS: Sobrevivem no imaginário popular alguns conceitos irônicos da conduta na vida pública: ‘Roubar pode, mas nem tanto’ – ‘Um pouco mais, um pouco menos, todos metem a mão’ – ‘Tá pra nascer um honesto’ – ‘O certo é roubar e não ostentar’ – ‘O mandato é curto, aproveite!’ – Roubando ou não o povo vai falar. Então roube!’
CANDIDATOS? Todos são os defensores da moral e dos bons costumes. Os senhores da probidade pública enfrentarão um orçamento reduzido e a recessão econômica num período ainda em pandemia. Querem o poder! Prestígio, subsídios, cargos em comissão e, essencialmente serem reeleitos em 2024. (Claudio Henrique de Castro)
AVISO: Na política apenas uma porta separa o paraíso do inferno. Os candidatos estão conscientes do que o esperam além do eventual poder? Evidente, se eleitos, ganharão notoriedade. Mas ainda como candidatos já se tornaram figuras públicas, alvos de elogios, críticas e questionamentos sem limites tirando-lhes máscaras e a maquiagem.
PARAÍSO: Os números comparativos mostram: os religiosos são os campeões de candidaturas. Entre pastores, pastoras, bispos, bispas e assemelhados somam 8.600. Ganham fácil dos militares – pouco mais de 3.500 candidatos. E com o avanço religioso na política, o Estado Teocrático vai ficando cada vez mais comprometido. Preocupante.
INFERNO: O deputado Jamilson Name (sem partido) abatido com as prisões do seu pai e irmão desde 2019 e pelas diligências policiais contra o vereador Ademir Santana (PSDB) ligado a sua família. Com atuação parlamentar discreta até aqui e dependendo das decisões judiciais, ele poderá até desistir de tentar a reeleição. É o que se comenta.
MAQUIADOS: Os certificados e diplomas nas paredes dos consultórios garantem a competência profissional? Não. Mas eles figuram em currículos suspeitos, usados em concursos. Aliás, pela internet, se adquire currículos invejáveis, material de tese em mestrado, doutorado e diplomas de faculdades e até documentos diversos.
EXEMPLOS: O ex-ministro Carlos A. Decotelli pôs no currículo títulos fajutos; o governador carioca W. Witzel também. Agora o Des. Kássio Marques, indicado para o STF por Bolsonaro maquiou o seu currículo. E pergunto: É confiável um ministro do STF que não respeita o direito autoral – tomando como sua uma citação alheia?
‘BRAVA GENTE’: Segredo de Estado. Qual é mesmo o ganho mensal de vereador na capital entre salários e penduricalhos? (rimou) Explica-se aí o ‘interesse de servir’ dos 774 candidatos pelas 29 vagas. Mais de 15 deles já passaram por lá, ocuparam cargos eletivos ou de confiança. ‘Idealismo’ que marcou o personagem Justo Veríssimo.
DOUTRINAÇÃO: Ex-deputado federal Xico Graziano (PSDB) denuncia o material didático do ‘Anglo’ sobre a visão errada que passa do agronegócio aos alunos, com tintas cheias de ranço marxista. Sem elogios. O agricultor é mostrado como depredador e explorador social. E onde estão os nossos políticos que não rebatem essa barbaridade?
TAMBÉM AQUI: Sem critério definido, cada partido usará o fundo eleitoral de acordo com os interesses das lideranças. Exige-se apenas que as campanhas das mulheres tenham o mínimo de 30% dos recursos aos candidatos à vereança e que os negros não sejam preteridos. Fora disso, cada sigla decidirá quem será beneficiado ou não.
LUPA: O ritmo da campanha eleitoral sem novidades. Na capital. Algumas carreatas na fase inicial e ações de adesivagem de sucesso discreto. Não é difícil prever como terminará. A Justiça Eleitoral ainda não acordou sobre os riscos de abstenção enorme; o eleitor usará a desculpa do Covid para faltar. Quando a Justiça acordar poderá ser tarde.
SAÚDE & VOTO: Em todas as cidades há o funcionário da saúde que atende bem. Postura que atrai elogios e melhora a sua autoestima para ingressar na política inclusive. Nestas eleições, a pandemia é fator que está impulsionando as candidaturas deste pessoal à vereança principalmente, dando-lhes visibilidade. Muito bom!
‘SABERETAS’: Presentes em todas ocasiões. Na cobertura dos incêndios do pantanal alguns jornalistas avançam o sinal na abordagem. Viajam na maionese, defendem posições sobre o assunto complexo de locais que conhecem só pelas fotos. André Trigueiro (Globo), por exemplo, está sendo criticado no facebook pelas suas opiniões.
RIVOTRIL: Antes era a generosa 2ª. Turma do STF que votava beneficiando Lula em seus processos. A gente sabe as razões. Mas o presidente Luiz Fux cumpre a promessa de continuar combatendo a corrupção e decidiu: as ações penais da Lava Jato passarão a ser julgadas pelo plenário da corte. Enfim, as noites de insônia de Lula continuarão.
AS BESTAS: Liderança para Mao Tse – Tung: matou de 38 a 48 milhões de chineses nos 26 anos de poder. Em seguida Stalin; em 30 anos liquidou de 9 a 20 milhões de pessoas na Rússia. Por último Hitler que nos 11 anos mandando provocou a morte entre 10 a 12 milhões de pessoas. O pior: todos eles ainda tem seguidores fieis por aí.
MANOEL CLAUDIO: (ex-ator global) “Ser da esquerda é fácil. Basta dizer ‘sou da esquerda’ e acabou. Você vira vagamente intelectual, sensual, descolado, solidário. Mas se você diz ‘não sou da esquerda’ terá que se explicar para o resto da vida. ‘Não sou de esquerda, mas não sou homofóbico, não sou de esquerda, mas não sou racista”.
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A vida ou o poder? A escolha é dos candidatos
Primeiro ano que não vou à Paris por causa do Covid. Antes não ia por falta de grana.
O aquário do pantanal será lembrado no horário eleitoral?
Um jornal vive da ficção de que todo dia acontece algo diferente (Jorge L. Borges)