Chegando naquela unidade hospitalar, o médico identificado por ele como Renato Vidal, teria avaliado a paciente e solicitado a Eduardo Munhoz que levasse a mulher de volta para Nova Andradina, momento em que, o médico novandradinense teria solicitado do colega um parecer que autorizasse o retorno ou uma cópia do prontuário de atendimento.
Após esta solicitação, o médico do HV teria ficado nervoso e começado a desacatar Munhoz com palavras ofensivas, dizendo, inclusive, que ele não era médico de verdade. Eduardo então disse que retornaria com a paciente e tomaria as medidas cabíveis para solicitar o prontuário judicialmente.
Ao dizer que o atendimento, com as ofensas do médico do HV, havia sido gravado por ele com um telefone celular, o autor teria ficado ainda mais nervoso. “No momento em que estávamos acomodando a paciente na ambulância, para voltar à Nova Andradina, ele me agarrou, tomou o meu celular, mas consegui recuperar o aparelho. Então o doutor Renato Vidal desferiu um soco no meu rosto, me fazendo cair ao solo”, conta Munhoz.
Segundo a vítima, uma viatura da Polícia Militar que passava pelo local atendeu e registrou a ocorrência, porém, sem encaminhar os médicos para a delegacia, uma vez que, Vidal estava de plantão no HV e Munhoz precisava retornar com a paciente para o HR Nova Andradina. “Os militares disseram que iriam registrar a ocorrência e depois as autoridades iriam verificar como o caso seria apurado”, explica Eduardo.
Outro lado
Na manhã desta segunda-feira (03), o site Nova News entrou em contato com o HV em Dourados, onde recebeu a informação de uma sindicância presidida pelo diretor técnico da instituição, Raul Espinosa, foi aberta para apurar o caso. Os plantonistas disseram não ter informações sobre o fato, mas afirmaram que tanto o diretor técnico do hospital, quando o médico envolvido no fato, estiveram por volta das 09h20 em uma Delegacia de Polícia para prestar depoimento.
O médico Eduardo Munhoz disse que pretende acionar seu advogado para saber quais providências devem ser tomadas sobre o caso. “Gosto do meu trabalho, gosto de ajudar a salvar vidas, mas fatos como estes são revoltantes. Tive que dar meia-volta com a paciente e ganhei um ferimento na face”, desabafou o médico, ao dizer que sentia muita dor na região do nariz e que passaria por avaliação médica nas próximas horas para verificar se houve fratura óssea em decorrência da agressão.